2009/08/07

CEREJAS CADENTES

Eu via o vermelho-loucura das cerejas
Cadentes, como as estrelas que caem devagar
Do universo que construí, um céu de cerejas
A lua sempre cheia, o dia sempre noite
Do universo que inventei eu via você colhendo as cerejas
Você as jogava no mar vermelho-sangue, agrura
De dentro desse mundo só existiam três olhares
O meu, o seu e as cerejas refletidas em nossos olhos
Era um mundo tão nosso, tão doce, cheio de vermelhidão
Feche a porta do quarto e venha logo se deitar
Anda, as cerejas estão caindo, venha ver!
Faça um pedido e ficarei por aqui.

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