O corpo de bronze prepara a dança lasciva
O corpo rijo, a pele crua, a dança nua
Luzes explodem em cristais e cores - a Tua
Sob a língua do sol o lençol da tua pele saliva
A face fria transborda a prata translúcida
O cabelo a derreter, o colo a intumescer, oferecer
Da flor do rosto, entreaberta, o convite de amanhecer
A prata transpira a loucura da carne úmida
No balé do ouro a sinestesia cruciante dos elementos
A lava dourada escorrendo, queimando, ardendo
As curvas, os saltos iluminados, o olhar sedento
A riqueza dos metais roubada dos teus movimentos
Na tua aflição és bronze, és ouro, és prata. Riqueza.
Os olhos de choro, de gozo, de grito e explosão
Deleito-me no cansaço que restou da erupção
Não há dança, corpos mortos, um só corpo. A beleza.
2009/09/27
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Um comentário:
Oie, indiquei o seu blog para um selinho lindo que eu recebi, espero que goste... É só pegar no http://querumbicho.blogspot.com/2009/09/selinho.html.
Beijinhos.
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